Quanto mais rebaixada nossa autoestima, quanto menos gostamos de nós mesmos,
mais vulneráveis somos à rejeição.
Quando uma pessoa com baixa autoestima perde uma pessoa que ama ou uma colocação profissional, passa a acreditar que não merece nada, que é indigna de ter o que deseja,
sentindo-se completamente só e, principalmente, abandonada.
Mesmo as pessoas com elevada autoestima, ou seja, conscientes de seu valor, tendem a sentir os mesmos sentimentos quando há uma perda, pois neste momento perdem também o controle da situação que até então acreditavam ter e isso tende a abalar todas as emoções.
Lidar com a rejeição não é nada fácil, pois geralmente nos remete inconscientemente
às situações de abandono durante a infância.
Se alguém nos rejeita, de alguma forma não nos aceita, e se tentarmos mudar
em função disso para agradar, tudo tende a piorar.
Mas, na maioria dos casos, o outro dificilmente é a causa real do sentimento de rejeição, pois a sensação de sentir-se abandonado já existe internamente na pessoa.
A dificuldade está em lidar com estes sentimentos anteriores somados aos atuais.
O principal antídoto ao sentimento de rejeição é não limitar todas as esperanças da vida a um relacionamento, ou seja, dedicar-se apenas ao marido, filho, a esposa, a mãe, ou a um emprego, não tendo mais nenhum outro objetivo, esquecendo-se de outras pessoas
ou fatos importantes e principalmente de si mesmo.
Mas não há nada pior do que acreditar cegamente e... ser abandonado.
Se você admitir que pode um dia ficar só e ainda assim sobreviverá,
correrá menos riscos de se sentir rejeitado.
E também terá maior liberdade para mudar sua vida sem sentimentos de culpa.
Não devemos nunca perder nosso referencial interno, nem reduzir nossas esperanças ou colocar nossa expectativa de vida sob a direção de algo que não controlamos:
o sentimento e a reação do outro.
Por vezes, podemos ser preteridos e não é por isso que a vida deixará de existir ou
que as coisas que desejamos deixaram de ser realizáveis, muito pelo contrário, pode ser a chance
que temos de ter a possibilidade para irmos em busca daquilo que realmente queremos.
Não podemos nunca depender da atitude de outra pessoa para termos certeza de nosso real valor.
É preciso que estejamos sempre conscientes de que as atitudes de outras pessoas nem sempre estão relacionadas à nossa pessoa, e, portanto, não são respostas a nós.
Precisamos entender que os outros são seres humanos como nós e que às vezes podem nos dar um não ou uma resposta agressiva muito mais em função dos próprios conflitos internos e que nada têm a ver com sua pessoa.
Mas como muitas vezes não consideramos a realidade interna do outro, imaginamos que estamos sendo rejeitados, mas muitas vezes a rejeição faz mais parte do nosso mundo interior do que da realidade.
Por isso, é importante saber diferenciar a reação dos outros em cada momento.
Procure entender as razões do outro, pois muitas vezes o problema para agir assim pode ser mais dele do que seu.
Seja como for, de nada adianta dramatizar a situação e colocar-se no papel de vítima.
O drama e o sentimento de culpa só irão aumentar a sua dor. Encare a dificuldade do momento de frente e procure aprender com tudo isso.
No mínimo, você conquistará maior autoconfiança e isso lhe será útil pelo menos na próxima vez.
Muitas vezes, o sentimento de rejeição é acentuado pela insistência em supervalorizarmos
a opinião e aprovação dos outros de nosso modo de ser, pensar e agir.
Damos aos outros o poder de juiz e permitimos que comandem nossa forma de viver.
A excessiva importância dada à opinião e aos valores dos outros, por mais que estes queiram apenas o nosso bem, retrata uma irresponsabilidade quase infantil e inconsciente de
acreditar que são eles que devem assumir e suprir nossas necessidades.
Cabe a cada um de nós satisfazer as próprias carências e não a quem está ao nosso lado. Acreditamos que ninguém deve nos dizer não, para que não nos sintamos rejeitados e abandonados, mas, na verdade, a principal rejeição não vem dos outros,
mas está dentro de nós mesmos e resulta na falta de amor próprio.
Pare de se criticar, mude o que acha que tem de mudar em si e torne-se mais
independente da aprovação de outras pessoas.
Aceite-se.
Torne-se responsável pelo que você é e deixe que o outro seja responsável pelo o que ele é.
Faça sua vida ser conduzida sob sua responsabilidade e seus valores, e não sob os do outro.
Pense que você tem a responsabilidade de se amar, se aceitar, aprovar e valorizar.
Se atribuir essa responsabilidade ao outro, cada vez que ele negar, surgirá a rejeição, um sentimento que só você poderá se isentar de senti-lo.
E lembre-se:
Nenhuma pessoa merece tuas lágrimas e quem as merece não te fará chorar.
(Rosemeire Zago)
As palavas que li foram de grande ajuda. Hoje tive uma prova definitiva de que não agrado muito uma pessoa e estou com um sentimento péssimo de rejeição. Isso me deixa com uma auto-estima muito baixa. Gostei muito das dicas do artigo, sobretudo a frase final "Nenhuma pessoa merece tuas lágrimas e quem as merece não te fará chorar".
ResponderExcluirQue bom! Ame-se!
ExcluirAbraços de Luz!
Volte sempre!