26 de junho de 2009

Não confunda individualidade com egoismo...

O Individualista por Emile Armand

O individualista, como nós o concebemos, ama a vida e a força. Proclama e exalta a alegria de estar vivo. Reconhece sinceramente que tem por objetivo a sua própria felicidade. Ele não é um asceta, e a mortificação da carne o repugna. Ele é um apaixonado. Vive e segue adiante em êxtase com sua vida cantando saborosamente como se estivesse acompanhado de Pan. Comunica-se com a natureza através de sua energia e estimula seus instintos vitais e seus pensamentos. Não é jovem nem velho. Tem apenas a idade que sente. E enquanto cair uma nova gota de sangue em suas veias, combaterá com espírito renovado para conquistar o seu lugar ao sol.
Não se impõe, e não quer que os outros se imponham a ele. Repudia os que mandam e os deuses também. Sabe amar e sabe arrepender-se. Transborda de afeição por seus semelhantes, os de seu mundo, porém, horroriza-se com os seus falsos irmãos. É bravo e tem consciência de sua dignidade pessoal. Enche-se de afeto; se esculpe e por isso recria forças novas. Não se preocupa com pré-juízos e não interrompe a sua pessoa por aquilo que os outros dirão sobre ele. Gosta da arte, das ciências e das letras. Ama os livros, o estudo, a meditação e principalmente o trabalho.
É artesão. É generoso, sensível e sensual. Tem sede de experiências novas e sensações frescas. Avança à vida como um automóvel veloz, animado unicamente pela vontade de poder determinar a si mesmo a condição e o papel que irá desempenhar com sabedoria e com qual deleite poderá saborear a sua prazerosa e magnânima vida.
(Emile Armand)

OBS: Individualidade não é egoismo e muito menos isolamento.
É ser autêntico. É ser o que é, sem procurar se moldar a um padrão exterior, ou regras ditadas por terceiros.
Ser egoísta, é bem diferente. E a maioria das pessoas confunde individualidade com egoísmo.

“Indivíduo: Do latim individuus, indivisível. Na época contemporânea e, mais precisamente, a partir dos anos 80, efetua-se na filosofia e nas ciências humanas um retorno aos termos “indivíduo” e “individualismo” (cf. Dumont e Veyne).

INDIVIDUO: in = não + divi = divisível + duo = dois (ser que não se divide em dois)
Portanto, todo ser humano possui sua individualidade, ou seja, seu próprio eu.
Seguem padrões, se moldam, se adaptam, aqueles que assim o desejam, ou sintam ser mais conveniente. E existem aqueles que buscam agir de forma diversa.
Autenticidade, não em unicidade.
Várias pessoas pensam e agem da mesma maneira. E podem ser autênticas por se destacar do restante. E geralmente, se agrupam, pelas afinidades.
Por que o foco é em ser si mesmo, não em ser único.
Se o foco for unicidade, ou seja, ser único, aí se torna egoísmo.

Um comentário:

  1. Curiosa a forma como escolhe mensagens que só contribuem para o nosso crescimento interior. Por isso, amo estar aqui!
    Importante ficar provado que individualidade não é sinônimo de egoísmo, significa respeitar seu próprio eu, não se dividindo em dois; o que se torna egoísmo é focar a unicidade, tentando ser único... Muito bom pra refletir!

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