5 de junho de 2009

As escolhas da vida

(Martha Medeiros)

A certa altura do filme Crimes e Pecados, o personagem interpretado por Woody Allen diz:
"Nós somos a soma das nossas decisões".
Essa frase acomodou-se na minha massa cinzenta e de lá nunca mais saiu.
Compartilho do ceticismo de Allen: a gente é o que a gente escolhe ser, o destino pouco tem a ver com isso. Desde pequenos aprendemos que, ao fazer uma opção, estamos descartando outra, e de opção em opção vamos tecendo essa teia que se convencionou chamar "minha vida".
Não é tarefa fácil. No momento em que se escolhe ser médico, se está abrindo mão de ser piloto de avião.
Ao optar pela vida de atriz, será quase impossível conciliar com a arquitetura.
Se for a psicologia que se almeja, pouco tempo sobrará para fazer o curso de odontologia.
Não se pode ter tudo.
No amor, a mesma coisa: namora-se um, outro, e mais outro, num vaivém de romances.
Até que chega um momento em que é preciso decidir entre passar o resto da vida sem compromisso formal com alguém, apenas vivenciando amores e deixando-os ir embora quando se findam, ou casar, e através do casamento fundar uma microempresa,
com direito a casa própria, orçamento doméstico e responsabilidades.
As duas opções têm seus prós e contras: viver sem laços e viver com laços.
Escolha. Morar em Londres ou numa chácara? Ter filhos ou não?
Posar nua ou ralar atrás de um balcão? Correr de kart ou entrar para um convento?
Fumar e beber até cair ou virar vegetariano e budista?
Todas as alternativas são válidas, mas há um preço a pagar por elas.
Quem dera pudéssemos ser uma pessoa diferente a cada 6 meses,
ser casados de segunda a sexta e solteiros nos finais de semana,
ter filhos quando se está bem-disposto e não tê-los quando se está cansado, viver de poesia e dormir em hotel 5 estrelas. No way.
Por isso é tão importante o autoconhecimento.
Por isso é necessário ler muito, ouvir os outros, estagiar em várias tribos,
prestar atenção ao que acontece em volta e não cultivar preconceitos.
Nossas escolhas não podem ser apenas intuitivas, elas têm que refletir o
que a gente é. Lógico que se deve reavaliar decisões e trocar de caminho:
ninguém é o mesmo para sempre.
Mas que essas mudanças de rota venham para acrescentar,
e não para anular a vivência do caminho anteriormente percorrido.
A estrada é longa mas nosso tempo é curto, portanto, tenha pressa....
"CORRA ATRÁS DOS SEUS SONHOS".

4 comentários:

  1. Olá Renata, td bem? Eu já escrevi sobre "Escolhas" mas sou apenas alguém que pensa e se arvora a colocar no papel. Que bom que vc. publicou Martha Medeiros, que sabe escrever com muita propriedade e humor sobre qualquer tema e esse é um que considero muito importante para o nosso crescimento. Obrigada! bjos

    apareça para uma visitinha...to esperando de "cara nova".

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  2. Olá Mercuriana!
    Gosto muito dos textos dela!

    Ah! Me chamo Fernanda, viu!... rs

    Beijos... :))

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  3. Oi Fernanda, desculpe-me por ter trocado seu nome...Talvez porque antes de te visitar, visitei o blog da Renata, que foi onde encontrei o seu...espero que me perdoe.
    bjos

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  4. Imagina, querida! Relaxa!

    Agora vou te confessar uma coisinha: desde pequena até hoje, quando confundem o meu nome (na real), na maioria das vezes me chamam de Renata sem que eu tenha alguma ligação com uma... Devo ter cara de Renata mesmo...rs. Ainda bem que sempre achei o nome Renata lindo.
    Beijos :))

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